
Uma amiga da minha mãe deixou com ela algumas rendas de algodão que ela não iria utilizar, já que elas eram antigas e passaram muito tempo guardadas, acabaram ficando um pouco amareladas e sujas, adquirindo algumas manchas com o tempo. Resolvi que eu iria tentar me livrar dessas manchas com alguns métodos que pesquisei na internet e compartilhar os resultados por aqui.
Essas são as rendas que me
comprometi a desamarelar antes de passarem por qualquer processo:
A primeira coisa que eu tentei
foi deixar as rendas de molho por duas horas em uma mistura de água morna com
sal, bicarbonato de sódio e sabão em pó azulado. Para cada dois litros de água
foram meia colher de sopa de sabão em pó, uma de bicarbonato e duas de sal.
Depois das duas horas de molho eu
escorri e enxaguei as rendas. A água estava turva de tanta sujeira e elas deram
uma boa desamarelada, as manchas também diminuíram um pouco, mas não sumiram.
Resolvi que iria deixar elas secarem para avaliar melhor a situação, mas já
sabia que teria que fazer mais alguma coisa.
Depois de analisar elas secas,
resolvi que o que eu faria em seguida seria testar um outro método que também
parecia muito popular nos artigos sobre técnicas para tirar manchas de
guardado, deixar as rendas em uma mistura de água morna, sal, bicarbonato e
vinagre de vinho branco. Dessa vez eu deixei por bem mais tempo, cerca de oito
horas. Depois de secarem tive uma surpresa agradável, ao inspecionar o
comprimento das rendas procurando por manchas, a maioria delas não tinha mais
nenhuma e estavam prontinhas para serem usadas, mas essas duas continuaram
apresentando partes amareladas.
Além disso, a gola com as manchas
mais severas, apesar de ter melhorado bastante, continuava com elas muito
visíveis.
Percebi que para essas peças precisaria de um tratamento um pouco mais intenso, minha decisão foi usar água oxigenada na gola por ser um tratamento mais local e por ela não ser completamente branca e, para as outras, usar uma solução de alvejante sem cloro. Não quis usar água sanitária já que esse produto danifica as fibras de algodão e, por serem peças mais antigas e possivelmente já prejudicadas pela ação do tempo, tive medo de estraga-las. O alvejante, mesmo sem cloro, também danifica um pouco as fibras e por isso o usei apenas em último caso, mas já que essas não eram as rendas mais delicadas fiquei razoavelmente tranquila ao realizar o procedimento. Mesmo depois de passar pelo alvejante, as rendas não apresentaram nenhum dado visível e as manchas que tinham permanecido sumiram ou se tornaram praticamente imperceptíveis. Nesse ponto me dei por satisfeita.
Essas são as mesmas rendas do
início, mas depois de terem passado por todos os processos
E agora, a parte mais satisfatória, algumas fotos mais próximas para a comparação do antes e depois:
No geral, fiquei bem contente com o resultado, a única peça que manteve manchas expressivas foi a gola bege e infelizmente meu receio é de que não se trate de uma simples mancha de guardado, mas talvez de alguma outra coisa como por exemplo ferrugem, o que acaba sendo mais difícil de se lidar com.
Mesmo que tenha dado bem mais
trabalho do que usar rendas prontinhas e limpinhas direto de uma loja, não é
fácil encontrar rendas de algodão tão delicadas por aí e, quando se acha, elas
são bem caras. Além disso, é bom consertar coisas antigas ao invés de comprar
novas mesmo que isso dê mais trabalho no fim do dia. Fico feliz que essas
rendas agora estão quase como novas e
terão um propósito ao invés de ficarem guardadas em uma gaveta
amarelando. Mal posso esperar para usá-las.